
Já comentamos em outros textos dessa relação direta entre a energia e a mente. Ela é uma frequenciadora da energia. A energia presente e circulante em nós sofre distorções da mente que a lentifica, densifica, desorganiza e a bloqueia. Isso não está apenas relacionado com o pensamento dito positivo ou negativo. Está muito mais ligado ao excesso de atividade e desorganização dos mesmos. Mas a mente não pode organizá-los? Diria que não, pois essa mente que recebe várias denominações, ‘ego’, ‘eu identificado’, ‘mente superficial’ entre outras, não tem a solução para alcançar a entrega necessária para o fluir harmonioso que uma energia nutritiva e apaziguadora pode oferecer.
A função dessa mente superficial é buscar segurança, e busca segurança através da identificação. Uma forma de identificação é com a crença e com o conhecimento. Essa mente sempre estará atrás de mais conhecimento e se ligando em crenças. A partir dessa identificação aumentará a conversa para buscar mais conhecimento para defender a crença e atacar o que ou quem ameace seu conhecimento.
Enquanto isso, no universo sutil da energia, o fluir fica comprometido. A tensão, a contração e a desorganização são componentes diretos desse mecanismo. Como essa mente trabalha sempre para fora e, estando fora não consegue observar seus fluxos internos, não perceberá essas alterações que estão ocorrendo no interior. Essas alterações serão percebidas quando se manifestarem, por exemplo, na falta de sentido da vida, nas afecções da cervical e várias manifestações na cabeça como insônia, enxaquecas, resfriados, labirintites…
Nesse momento começará mais um ciclo de identificação, agora buscando novo conhecimento e novas crenças para ter a segurança de poder explicar o que está acontecendo. Porém, ainda não percebe que só está reforçando o ciclo. Uma teoria plausível para essa mente é mais uma segurança temporária porém satisfatória que a manterá nessa distração. Isso pode sustentar um ciclo de sofrimento por meses, anos ou até uma vida toda.
Ah… Compreendi, tem que se livrar da mente! Não!!!!
Nunca vamos nos livrar da mente. Sem ela nos isolamos e não temos consenso para convivência. O que precisamos nesse momento é diminuir sua atividade, sem buscar por solução ou respostas para o que se vive. Essa busca pode ter boa intenção, mas é mais atividade e mais tensão.
Por isso, as filosofias orientais falam do poder de cura pela não ação. A verdadeira diminuição de atividade da mente é uma permissão para o fluxo harmonioso se manifestar. Esse fluxo te preencherá simplesmente porque o excesso de atividade da mente diminuiu ou deixou de existir e, essa distorção não estará atuando nessa energia em estado puro. A sensação psíquica é de leveza e bem estar, sem necessidade de compreender o porquê. Essa é a nossa natureza. Basta permitir.
Marcos Rogério Marchi – Núcleo de TAME